Para Ceser Donisete, PMDB fica com o PT em 2016
20 fevereiro 2015 às 14h25

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Reunião entre Caiado e líderes peemedebistas ontem não preocupou o presidente petista. Porém, Samuel Belchior disse que parceria com o senador “vai longe”

O PT quer terminar o mandato do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, em 2016, junto ao PMDB. E mais: pretende preservar a aliança para as eleições municipais. A avaliação é do presidente do partido em Goiás, Ceser Donisete, ao comentar nesta sexta-feira (20/2) os elogios de lideranças peemedebistas direcionadas ao senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Na noite de quinta-feira (19), os deputados Adib Elias, Ernesto Roller, Bruno Peixoto, José Nelto e o vice-prefeito da capital, Agenor Mariano, além da ex-deputada federal Íris de Araújo se reuniram com o democrata, na casa do ex-governador Iris Rezende.
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“Temos uma concordância, que é o primeiro acordo da política goiana para 2016: não apoiaremos o DEM. Não temos nada contra o Caiado, mas sim contra o partido dele”, afirmou. O dirigente refere-se às declarações do democrata de que apoiaria Iris Rezende à Prefeitura de Goiânia no ano que vem desde que o PT não o apoiasse.
Sem contar com as falas de deputados estaduais peemedebistas em apoio à parceria PMDB-DEM.
De acordo com Ceser Donisete, não é possível “namorar apenas quando só um quer”. E o seu partido, segundo relembrou, cumpre o firmado em 2012. O combinado era o de governarem a capital juntos até o fim do mandato de Paulo Garcia.
Conversa diversa
O DEM é adversário ferrenho da presidente Dilma Rousseff (PT) e sua base aliada. E a cúpula do PT em Goiás mostra discurso desalinhado com o principal aliado, o PMDB, desde a campanha ao governo estadual, no ano passado.
Com o casamento mostrando sinais de rompimento, peemedebistas declararam sua preferência pelo DEM caiadista durante todo o pleito ao Palácio das Esmeraldas — inclusive após a derrota de Iris Rezende, no segundo turno.
Na noite de ontem, o presidente estadual da legenda, o ex-deputado Samuel Belchior, pontuou que o PMDB tem Caiado como se fosse um militante. “Vai longe esta parceria, que está se solidificando.” Já o deputado estadual Ernesto Roller disse que os demais partidos que concordarem com a união serão bem-vindos. “É uma aliança de mão-dupla.”
Para Ceser Donisete, não há preocupação com as falas, pois não foi o líder maior, Iris Rezende, quem afagou o senador. “Não tem o que comentar. É o pessoal contra o PT que faz isso”, criticou, apontando que peemedebistas ligados ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), estariam ligados às recentes manifestações.
“A conversa que tive recentemente com Samuel Belchior foi diversa da que saiu nos jornais. Acho legítimo defenderem o que quiserem. Inclusive é assim no PT”, analisou.