Futuro ministro da Economia no governo Bolsonaro, Paulo Guedes anunciou que  pretende reduzir verbas

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O presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, disse ao Jornal Opção, que a declaração do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, de que irá realizar corte de 50% no Sistema S, demonstra desconhecimento sobre como essas instituições funcionam.

Segundo o economista Marco Cintra, que vai comandar a Secretaria Especial da Receita Federal, Paulo Guedes já determinou à sua equipe uma meta de corte de metade dos recursos do Sistema S. O futuro ministro disse que quer, dessa maneira, dar mais espaço para o mercado competitivo.

Para Baiocchi, essa declaração é preocupante. “O recurso do Sistema S é privado e arrecadado pelo empresário na folha de pagamento, a União apenas transfere esse valor”, explica. Portanto, cortar recursos não significaria desonerar o Governo.

O presidente ainda destacou que, atualmente, as instituições do sistema trabalham com gratuidade. “Então cortar esse percentual significaria diminuir os serviços gratuitos, demitir funcionários e reduzir unidades”, atentou.

O ministro também teria determinado uma desoneração da folha de pagamento dos funcionários do Sistema S para gerar mais empregos. O que Baiocchi considerou uma falácia. Segundo o presidente, 90% dos recursos são provenientes de empresas, que são, em maioria, pequenos negócios. “Então não vai gerar empregos, vai apenas prejudicar as pequenas empresas em detrimento dos grandes empreendimentos”, disse.

À frente da Fecomércio, Baiocchi também explica que a principal função social do Sistema S é a formação de mão de obra qualificada para o mercado de trabalho, contribuindo, assim, para movimentar a economia do País. “Caso esse corte seja realizado, essa formação vai ser a principal prejudicada”, disse.