Para vereador, gratuidade no Mutirama pode incorrer em ato de improbidade administrativa
03 julho 2019 às 16h06

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Para Lucas Kitão (PSL), parque deveria ser privatizado, cabendo à prefeitura apenas controlar as tarifas e a “boa gestão”

O vereador Lucas Kitão (PSL) manifestou-se, nesta quarta-feira, 3, na Câmara Municipal, a respeito de um possível ato de improbidade administrativa cometido pelo prefeito Iris Rezende (MDB). “Está claro que é uma renúncia fiscal, referindo-se à reabertura do Mutirama, e isso é crime, é improbidade administrativa”, declarou.
Kitão comparou a situação com outra medida adotada por Iris: “Foi com essa justificativa que o prefeito pleiteou o aumento do IPTU na Justiça, contrariando a decisão da Câmara, que era para não aceitar aquele aumento progressivo de 20% ao ano. Ele ganhou na Justiça, alegando que seria renúncia de receita. Ele faz o mesmo, de uma forma arbitrária, sem nenhuma lei que o resguarde para isso”.
E disparou: “Eu tenho certeza que ele responderá questionamentos no Ministério Público por isso. E a minha preocupação não é só essa, até porque eu acho que tarifas sociais, ingressos gratuitos para os mais necessitados são realmente importantes. Mas tão importante quanto é a manutenção adequada do parque, foi por isso eu sugeri a privatização, a desestatização daquele parque, que ficou dois anos parado”.
O vereador lembra que, na ocasião do acidente, que culminou com o fechamento do parque, eram cobradas taxas de entrada, e, mesmo assim, segundo ele, não havia uma gestão adequada. “Imagina agora, depois de dois anos, para reinaugurar um parque sem receita, como vai ser feita essa manutenção? Como é que vão garantir a segurança aos usuários, às crianças, aos pais e aos trabalhadores? Minha preocupação é essa!”, pontuou.
Sugestões
“Além de o prefeito incorrer em um crime, ele ameaça a boa manutenção e o bom andamento do parque”, afirmou. Para Kitão, a prefeitura deveria criar mecanismos de transparência, catracas interligadas, um sistema organizado e seguro, para poder “arrecadar com consciência”.
“Sem esquecer a questão social do parque, ele deve ter condições de se autogerir, investir nele mesmo, comprar novos brinquedos, fazer a manutenção adequada, tirar os selos de segurança que qualquer parque precisa. E eu acho que para a boa gestão, com transparência, e investimento, para trazer a confiabilidade do parque de volta para os cidadão goianiense, seria realmente entregar para uma empresa e controlar apenas as tarifas e a boa gestão dele”, disse.
E acrescentou: “Já que o prefeito não quis isso, ele tem que se desdobrar para gerir bem o parque, não é o que me parece agora nesse início, em que ele faz gratuidade, que desorganiza a questão dos permissionários, desrespeita algumas ações judiciais”.
Ainda segundo Kitão, ele tem recebido denúncias de que “alguns permissionários provisórios estão lá por indicação política”. “O que também é preocupante, então queríamos transparência na gestão e principalmente segurança”, finalizou.