A cerca de duas semanas para o segundo turno das eleições presidenciais da Argentina, que será no dia 19 de novembro, Javier Milei, candidato do A Liberdade Avança, mantém a liderança com 52% dos votos válidos, enquanto Sergio Massa, o atual ministro da Economia e peronista, registra 48%.

Esses resultados são revelados na primeira pesquisa da Atlas Intel após o primeiro turno. Quando considerados os votos totais, Milei tem 48,5% e Massa 44,7%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, caracterizando um empate técnico. No primeiro turno das presidenciais, em 22 de outubro, Massa obteve 37% dos votos, seguido de Milei com 30%.

O instituto, que previu com precisão a vitória parcial de Massa no primeiro turno, conduziu uma pesquisa online com 3.218 eleitores entre os dias 1º e 3 de novembro. Os resultados também destacam que 2,5% dos eleitores ainda não decidiram seu voto, 2,9% planejam votar em branco e 1,4% pretendem anular seu voto.

De acordo com a pesquisa, Milei é visto como o candidato mais qualificado para abordar desafios como o combate à violência, a redução da corrupção, o estímulo ao crescimento econômico, a geração de empregos, o controle da inflação e a redução da pobreza. Entretanto, ele fica atrás quando o assunto é a defesa das instituições democráticas e dos direitos humanos.

Perfil

O levantamento também revela que Milei tem maior apoio entre os eleitores masculinos, com 53% de preferência, enquanto Massa é mais forte entre as eleitoras femininas, com 47% do total. Além disso, os jovens na faixa etária de 16 a 24 anos demonstram um forte apoio a Milei, com 61% dos votos, enquanto Massa é amplamente apoiado por pessoas na faixa etária de 35 a 44 anos, com 55% das intenções de voto.

Quando se avaliam as propostas dos candidatos, as ideias controversas de Milei enfrentam resistência na população, com 49% dos argentinos rejeitando a dolarização da economia. Outras propostas, como a venda de órgãos para transplante e a liberação da compra de armas, também não são bem recebidas pela maioria dos eleitores (78%).

Por outro lado, Massa enfrenta uma situação desfavorável, com altas taxas de percepção negativa em relação ao aumento da criminalidade, à corrupção e à situação econômica do país. Além disso, quase metade do eleitorado (49%) atribui ao ministro a responsabilidade pela escassez de combustível e pelo aumento de preços, em meio à crise de combustíveis que afeta a Argentina.

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