Petistas acreditam na viabilidade da federação com PSB, PCdoB e PV
14 fevereiro 2022 às 07h50

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A deputada estadual e pré-candidata à Câmara Federal Adriana Accorsi e o deputado federal Rubens Otoni (PT) acreditam que impasses serão solucionados
As conversas entre PT, PSB, PCdoB e PV para definição de federações partidárias esfriaram nos últimos dias por falta de acordo em estados-chave, como São Paulo. A situação, porém, não desanima os dois principais petistas pré-candidatos a cadeiras da Câmara Federal por Goiás, a deputada estadual Adriana Accorsi e o deputado federal Rubens Otoni. Os políticos acreditam que a federação deve acontecer e que os obstáculos serão solucionados. O prazo para que isso aconteça é o dia 31 de maio.
Ambos apoiam a federação com os outros partidos progressistas. Rubens Otoni, inclusive, acredita que a união entre as quatro siglas pode fazer três deputados federais e até seis deputados estaduais – das 41 cadeiras disponíveis. “Acredito que nós superaremos os obstáculos e vamos conseguir a união entre o PT, PSB, PCdoB e PV”, acrescenta.
Já Adriana Accorsi diz que a federação com as legendas é uma oportunidade para fugir da impossibilidade das coligações partidárias, que eram permitidas até as eleições de 2018. “Eu acredito que as federações permitem a identificação de qual é o campo político em que cada partido se situa e se posiciona. E é justamente neste sentido que acredito na federação entre partidos populares e progressistas junto ao Partido dos Trabalhadores. Os partidos têm se unido para apoiar a candidatura do ex-presidente Lula [pré-candidato à presidência da República]”, comentou a petista. Como mostrou o Jornal Opção, Accorsi foi convidada pelo ex-presidente da República para galgar uma cadeira em Brasília após ficar em terceiro lugar nas eleições para a prefeitura de Goiânia, com 80.715 votos.
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Também petistas, o deputado estadual Antônio Gomide, irmão de Otoni, e o vereador goianiense Mauro Rubem, que anunciou que vai concorrer a uma das 41 cadeiras da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), também acreditam na federação. Eles trabalham com um número de cinco a seis cadeiras na Alego, com o intuito de “fortalecer a campanha do ex-presidente Lula” e também de fortalecer o país no processo eleitoral. “Permite uma maior governabilidade”, avalia o vereador Mauro Rubem.
A deputada Adriana Accorsi acredita que a situação deve se tornar realidade e diz torcer para que a federação se consolide, porque são partidos que comungam dos mesmos ideias. Ela acredita que a federação pode fazer uma bancada progressista e defensora da democracia, tanto em Brasília, quanto nas assembleias legislativas. “São partidos que estão em defesa da democracia, a defesa de programas sociais e de um país que se desenvolve com inclusão social”, acrescentou a parlamentar.
Outro nome cotado como forte na federação é o do deputado federal Elias Vaz (PSB), que obteve 74.877 votos nas últimas eleições. Ele é presidente do Diretório Regional e deve concorrer à reeleição. O político foi procurado para comentar as conversas sobre federação partidária, mas não nos respondeu até o fechamento desta matéria.