Conteúdos exclusivos que seriam exibidos para homenagear o astro foram suspensos. O motivo: lançamento do documentário ‘Deixando Neverland’, da HBO 

Foto: Reprodução / Internet

Michael Jackson goza dos mais altos prêmios do mundo. Dentre eles, o de artista mais relevante da história da música popular. Filho de Katherine Esther Scruse Jackson e Joseph Walter Joe Jackson, o Rei do Pop — como viria a ser conhecido mais tarde — nasceu no ano de 1958 em Indiana (EUA) e desde cedo impressionava pelo seu talento musical. 

O jovem cantor mal sabia que um dia suas canções chegariam aos quatro cantos do mundo. A fama precoce fez Michael alcançar, na mesma velocidade, grandes fortunas, atenção da mídia e uma legião de seguidores pelo mundo afora. Nesse mesmo embalo, o cantor também teve que enfrentar duras críticas acerca de seu comportamento, estilo de vida, aparência física, relacionamentos, filhos e até sobre os dias de reclusão total em Neverland — rancho avaliado em mais de US$ 100 milhões. 

Mesmo depois de sua morte — em 25 de junho de 2009 —  suas músicas continuam entre as mais vendidas. Dois de seus álbuns estão, inclusive, na lista dos dez mais vendidos do mundo. Não há lugar para tantas conquistas que o cantor, compositor, dançarino, produtor musical, arranjador e empresário teve em vida. 

Hoje o músico já não pode se exibir ou transformar os diversos projetos que carregam o seu nome. Para muitos, Jackson foi único e deixou a certeza de ser, também, insubstituível. A lista de razões para celebrá-lo é extensa, especialmente no dia em que se completa uma década de sua partida. Mas o que soava até então como inevitável parece, agora, comprometido. Pelo menos é o que diz a reportagem publicada pelo jornal O Globo no início deste mês. 

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A matéria anuncia que diversos projetos e conteúdos especiais para televisão — alguns com cenas e depoimentos inéditos do cantor — foram suspensos. O motivo: o lançamento do filme documentário ‘Deixando Neverland’, da HBO. 

O material traz depoimentos de dois homens — à época crianças — que supostamente teriam sido abusados sexualmente pelo cantor. Os fatos são narrados pelo Wade Robson e James Safechuck que abordam, em detalhes, o que viveram com Michael Jackson na infância. 

Após ser publicado, além de seu grande alcance, o material contribuiu também para o desmoronamento de diversos outros trabalhos até então em andamento. Estes, ganhavam forma pelas mãos de produtores americanos que trabalhavam para estrear o material na primeira década de partida de Jackson. 

Segundo a reportagem do jornal carioca, dentre os projetos estavam duas séries, uma documental e outra de ficção. Ambas nasceram a partir de um projeto de adaptação que tinha como base o livro “Intocável: a estranha vida e a trágica morte de Michael Jackson”. A obra é assinada pelo jornalista Randall Sullivan e foi publicada no ano de 2012. 

A Big Fish, produtora que, segundo o mesmo jornal, iniciou os trabalhos de pesquisa para elaboração do material especial, daria aos fãs a oportunidade de terem acesso a materiais inéditos sobre a vida do astro. O presidente da Big Fish, Dan Casareo, chegou a se pronunciar sobre o impacto do documentário em relação a obra até então em andamento.

Em entrevista concedida à revista Variety, ele revelou que, após a estreia do documentário, o canal que exibiria a série da Big Fish abandonou o projeto. Casareo disse que a sensação era de que o material produzido havia se transformado em algo que definiu como “essencialmente tóxico”. “Ninguém queria encostar nele”, lamentou. 

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Outra grande iniciativa seria a recriação do show “This is it”. Vale lembrar que este era  um anseio que o próprio Michael buscava concretizar pouco antes de sua morte. Dessa vez, a iniciativa partiu do produtor Scoorter Braun que reuniria os dançarinos do astro e outros cantores famosos num concerto. Porém, segundo a reportagem, o projeto nasceu e morreu antes mesmo de deixar o papel.

Na próxima terça-feira, 25, estará completa a primeira década sem Michael. O popstar, que já não pode mais subir aos palcos, também seguirá impossibilitado de se defender de qualquer acusação. Resta saber se sua primeira década de falecimento será pautada por celebrações e homenagens ou estará, de fato, fadada ao esquecimento. O tempo dirá.