COMPARTILHAR

Órgão irá analisar tentativa de criação de fundo bilionário com valores de multas pagas à Petrobrás

Procurador Deltan Dallagnol será investigado / Foto: Reprodução

Os atos praticados por procuradores ligados a Operação Lava Jato serão analisados pela corregedoria da Procuradoria Geral da República (PGR). A ideia é entender as razões que levaram os procuradores a tentarem criar um fundo bilionário com valores oriundos de multas pagas à Petrobrás. O valor deste fundo foi estimado em R$ 2,5 bilhões.

Um dos líderes da Operação é o procurador Deltan Dallagnol. Ele e outros procuradores passam a integrar agora o quadro de investigações da PGR. Devido ao sigilo dos procedimentos, a PGR argumenta que não se pode confirmar em que momento a averiguação foi instaurada.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chegou a solicitar, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), a nulidade do acordo firmado entre os membros da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e a Petrobrás. Posteriormente, o Ministério Público Federal (MPF) confirmou a suspensão do laço que resultaria na criação do fundo a ser gerido pelos procuradores.

Procuradores de diferentes partes do País se mostraram receosos com a decisão de Dodge. Eles temem que as ações da Operação sejam limitadas. Um dos argumentos utilizados no documento que reivindica a nulidade do processo, a procuradora argumenta que a criação do fundo é inconstitucional.

Para ela, a medida fere os princípios da Constituição, tendo em vista que os procuradores poderiam destinar recursos para combater a corrupção, o que cabe ao poder Executivo fazer. Em sua visão, isso implica na separação dos Poderes.