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Na tarde desta terça-feira (26), o Pros lançou a pré-candidatura do empresário André Antônio ao governo de Goiás. Em coletiva, lideranças regionais da sigla garantiram que há negociação, em nível nacional, para que o PTB entre para a chapa indicando o nome do vice.

Sem experiência anterior na política partidária, André Antônio nasceu em Piracanjuba, mas vive há 25 em Goiânia, além de ter passado alguns anos nos Estados Unidos. O pré-candidato se descreve como especialista em negócios internacionais.

Nas pesquisas eleitorais, seu nome ainda não foi colocado. Com frequência, o pré-candidato cita, na coletiva de imprensa, o atual governador de Minas Gerais, como exemplo de empresário que venceu o pleito. “Tenho boas propostas, acho que dá tempo. Em Minas Gerais aconteceu um milagre que é o de um empresário, Romeu Zema [Novo], ir bater forte e ganhar com um percentual considerável. Então, se deu certo em algum lugar, pode ser que dê certo aqui”, afirma. 

Segundo o presidente do Pros em Goiás, Dhone Rodrigues, a tratativa a nível nacional para que o PTB indique o vice da chapa está “quase finalizada”, uma vez, que segundo ele, os dois partidos caminham juntos nacionalmente. “Não tem nada de conversa estadual, é direto com o nacional. Só falta a definição do nome de quem será vice do André Antônio”, afirma Rodrigues. 

Por enquanto, o único partido a formar aliança é o PTB e o nome do vice ou da vice – já que, segundo André Antônio, existe a possibilidade e o desejo pessoal dele de que seja uma mulher – será definido no dia da convenção do partido, marcada para 2 de agosto. Segundo foi divulgado, o presidente nacional do Pros, Marcus Holanda, estaria presente na coletiva de hoje. No entanto, não compareceu porque, de acordo com Rodrigues, não chegou a tempo em Goiânia.

Estratégia

Para alavancar nas pesquisas, o pré-candidato do Pros diz que o caminho será investir no digital, incluindo possível apoio de influenciadores e celebridades. Questionado sobre a estratégia política para alavancar seu nome, no que diz respeito à construção de alianças e apoio de prefeitos, o pré-candidato respondeu que sua candidatura irá crescer pelos projetos, nos quais destaca o uso de tecnologia, como universidades digitais e telemedicina. “A gente tem que questionar o governo atual, que é quem tem a máquina a favor dele e a prerrogativa da liderança, então ele é quem tem que dar satisfação. Nós temos que mostrar nossos projetos. Em momento algum vamos para o combate porque a gente repudia a polarização que está acontecendo no primeiro andar, entre presidentes [da República]”, diz, sem responder exatamente como pretende formar alianças.

Pros é punido por uso irregular do Fundo Partidário Eleitoral

Em abril deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o Pros devolvesse R$ 11,2 milhões aos cofres públicos. A decisão vem após comprovação de irregularidades no uso do Fundo Partidário, durante a gestão do ex-presidente nacional do partido, Eurípedes Jr. Na lista das irregularidades, segundo o TSE, estão a compra de um avião, de máquinas para montar uma gráfica e de imóveis que seriam dispensáveis, além de falhas com despesas de viagem.

O presidente estadual do partido afirma que, financeiramente, a situação não atrapalha os candidatos a nível estadual e federal, já que os recursos serão encaminhados normalmente. Em termos do eleitorado, ele acredita que não há repercussão negativa entre o eleitorado.

Para a disputa ao Senado, o Pros lança o delegado Eduardo Rodovalho, cujo suplente será definido na convenção. A chapa de deputados federais está fechada com 18 pré-candidatos, enquanto a chapa de estaduais, que será definida nesta quarta-feira (27), tem 42 pré-candidaturas.