Relatora do Código Tributário de Goiânia defende acolhimento das 51 emendas na CCJ

19 maio 2019 às 09h35

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Segundo Dra. Cristina, parte do texto apresentado pela Prefeitura tencionava evitar debates sobre aumento de IPTU no final do ano

A vereadora Dra. Cristina (PSDB), relatora do novo Código Tributário de Goiânia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal, expôs o que pensa sobre a quantidade de emendas (51 ao todo) apresentadas ao texto no dia 14 de maio. Para ela, além de analisar a constitucionalidade do texto, a CCJ tem a responsabilidade de interpretar a real intenção da prefeitura pela forma como a proposta foi apresentada.
“Ali estava embutido o aumento do IPTU, antecipando o aumento e evitando o desgaste da discussão no final do ano. Não podemos deixar que isso passe; não é legal nem constitucional porque há necessidade da discussão de valores e alíquotas no final do ano”, afirmou a vereadora. Segundo Dra. Cristina, emendas são fruto da responsabilidade sentida ao tratar de um texto de complexidade e importância como o novo Código Tributário, que irá definir e alterar impostos pagos.
Detratores do código atacaram a CCJ, argumentando que a comissão extrapolou sua competência ao analisar mais do que a legalidade do texto. Dra Cristina respondeu que a discussão política é natural pois é o exercício dos vereadores, mas que a análise de mérito se manteve fiel a missão da CCJ.
Quando perguntada qual seria o Código Tributário ideal, Dra. Cristina respondeu: “Sempre defendi que a prefeitura implante um programa que possibilite as pessoas pagarem suas dívidas. As pessoas querem resolver seu problema, mas a capacidade contributiva diminui ao longo da vida. Não adianta punir as pessoas, temos de incentivar o pagamento.”
Sem desconto ou parcelamento
Dra. Cristina criticou também a negociação de dívidas da Prefeitura com fornecedores: “a Prefeitura desrespeita Constituição Brasileira quando tenta modificar a forma como é pautada pela lei – ela não pode dar um desconto para si mesma. A Prefeitura anuncia aos quatro ventos que tá com caixa, que está com boa arrecadação; então que ela pague suas dívidas. Precisamos cumprir a lei, não vir com essa conversa de parcelamento”.