Santana afirma que construtoras são uma “quadrilha” e que vereadores estão “blindados”
20 agosto 2015 às 20h08

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Deputado disse que empresas investigadas pela Câmara tentam descredibilizar ação dos vereadores “inventando mentiras”, mas que eles não irão ceder

O deputado estadual Santana Gomes (PSL) criticou nesta quinta-feira (20/8), na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), todas as construtoras investigadas pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Pastinhas, na Câmara Municipal de Goiânia. “É uma quadrilha! Tem que ir tudo preso”, bradou, duranta a Comissão Mista da Casa.
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O parlamentar frisou que os sete vereadores que constituem a comissão não serão influenciados pelas construtoras, que, segundo Santana, tentam acabar com as investigações. “Eles falaram que tinha vereador pedindo dinheiro para eles. Tudo mentira. Eles ficam tentando descredibilizar as investigações”, disse.
Santana explicou que tudo começou graças a denúncias feitas por ele ao vereador Elias Vaz (PSB), quando viu que a Europark pretendia construir um empreendimento com nove torres residenciais de 1069 apartamentos, no Setor Park Lozandes, em Goiânia. Construção que, como apontado por reportagem do Jornal Opção Online, pode contabilizar população maior do que 80 cidades goianas.
Conforme o deputado, que tem grande parte dos eleitores na região, o impacto seria imenso para os moradores. “Ali nós temos só uma entradinha para Goiânia. Já é difícil agora, se esse empreendimento for concretizado vai ficar impossível.” Presidente da Comissão de Direito do Consumidor, o parlamentar afirma que todos que o procuravam querendo saber sobre o empreendimento, antes mesmo das investigações da Câmara, ele dizia para para não comprar. “Falava que era rolo.”
Questionado se já havia tido contato com algum dos integrantes das construtoras, Santana garantiu que não. “De jeito nenhum. E qualquer informação nesse sentido é mentira. Eles estão tentando me intimidar de todas as formas possíveis”, sustentou.
O deputado ainda criticou o prefeito Paulo Garcia (PT) e disse que o gestor tem que se posicionar. “Ele fica se fingindo de morto”, disse. Para o parlamentar, existe envolvimento da gestão da época, mas o fato ainda tem que ser investigado com mais profundidade. “Ministério Público tinha que entrar nessa história e mandar todo mundo pra cadeia”, disse.
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