Saúde de Goiânia vai pedir auditoria federal na aplicação de recursos na gestão Rogério Cruz

28 maio 2025 às 15h59

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A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) anunciou que vai formalizar um pedido para que o Departamento Nacional de Auditoria do SUS, o DenaSUS, amplie uma auditoria já em curso nas maternidades municipais da capital e investigue, também, a aplicação dos recursos federais nas unidades nos anos de 2022 a 2024, período da gestão do ex-prefeito Rogério Cruz.
O pedido, que será feito via ofício e já foi confirmado pelo titular da SMS, Luiz Pellizzer, é lido nas entrelinhas como uma estratégia da pasta para apontar a real parcela de culpa de Cruz pelo colapso nas maternidades.
O anúncio de Pellizzer ocorreu nesta quarta-feira, 28, durante visita institucional de representantes do DenaSUS à sede da SMS. Segundo o secretário, o objetivo é “apurar a produção real das unidades, o destino dos recursos [entre 2022 e 2024] e a falta de pagamento que culminou no colapso dos serviços”.
Diretor do DenaSUS, Rafael Bruxellas declarou que a auditoria está em “fase de planejamento”, e que a partir das definições, será elaborado um plano de ação. Só então serão agendadas as auditorias in loco nas unidades […] Já solicitamos documentos e indicamos servidores para atuar como pontos focais.”, adiantou.
Leia também: Auditoria busca identificar indícios de irregularidades, diz diretor do DenaSUS sobre inspeções em maternidades
Na última segunda-feira, 26, Bruxellas disse que a auditoria federal nas maternidades públicas de Goiânia tem como foco investigar “indícios relevantes e consistentes de má gestão e possível desvio na aplicação de recursos repassados pela União”.
A investigação foi impulsionada por denúncias feitas pela vereadora Aava Santiago (PSDB), que relatou colapso no atendimento materno-infantil na capital goiana ao Ministério da Saúde.
Vale lembrar que a crise nas maternidades de Goiânia se arrasta desde a última gestão. No ano passado, a situação – que envolvia desde atraso no pagamento de salários dos médicos até escassez de insumos básicos – ficou crítica ao ponto de o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) anunciar a possibilidade de interdição do Hospital e Maternidade Dona Íris, Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara e a Maternidade Nascer Cidadão.