A PSP (Polícia de Segurança Pública) de Portugal afirmou que identificou seis jovens suspeitos de agredir dois brasileiros negros em Vila Nova de Gaia, na madrugada do último sábado, 30. São cinco homens e uma mulher, têm de 19 a 25 anos de idade, sendo que um deles também é brasileiro.

As vítimas brasileiras são Bruno César Marcelino, de 31 anos , produtor cultural e aluno de doutorado que mora em Porto há dois meses, e o cozinheiro Kaique Soares, de 23 anos. Após saírem de uma festa na cidade vizinha, Vila Nova de Gaia, por volta das 3hrs da manhã, eles foram agredidos cerca de meia hora depois.

Segundo as vítimas, o grupo de agressores estava bêbado e possivelmente sobre efeito de outras drogas. Cercados por latas e garrafas, o relato aponta para um grupo de até 10 agressores.

Num primeiro momento, o grupo pediu que os brasileiros entregassem uma quantia em dinheiro. O primeiro soco foi desferido após a resposta negativa. Depois de uma série de socos e chutes, um dos agressores sugeriu que o grupo parasse.

Um morador português, que assistiu a cena pela varanda de casa, escondeu ambos em sua casa a dois quarteirões. O relato ainda diz que eles ligaram pelo menos três vezes para a polícia.

O produtor cultural afirma que a polícia duvidou do relato oferecido por eles e por isso não abordou os agressores a tempo. E isso teria permitido que o restante do grupo escapasse.

Ainda naquela madrugada, às 4h30, as duas vítimas foram levadas para o pronto-socorro do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia-Espinho. A declaração do hospital aponta que eles receberam alta por volta das 11hrs.

Marcelino divulgou nas redes sociais o que ele acredita ter causado as agressões: “Acreditamos que tudo foi motivado por xenofobia, homofobia e racismo, que está cada vez mais evidente aqui em Portugal”.

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