Os trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizam, nesta quarta-feira, 15, uma paralisação em Goiás e mais 10 estados. Segundo o sindicato que representa a categoria, ASSIBGE, o movimento denominado como Dia de Luta dos trabalhadores e trabalhadoras do IBGE e reivindicam a estruturação da carreira e também reajuste para servidores temporários.

Além de Goiás o serviços estão suspensos ou parcialmente suspensos no: Acre, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Pernambuco. A nota do sindicato também fala que em outros estados serão realizados atos nas portas das agências e falam em uma possível deflagração de greve por tempo indeterminado, a partir do dia 10 de junho.

Segundo o superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, alguns servidores aderiram o movimento, mas não foi significativo ao ponto de impactar os trabalhos do órgão no estado. Ele também afirmou que ainda não realizou um levantamento sobre quantos funcionários aderiram ao chamamento do sindicato.

Reinvindicação

De acordo com o ASSIBGE, a categoria negociou a reposição salarial com o Ministério da Gestão e Inovação, mas que não resultou em acordo. “Após uma negociação salarial frustrante com o Ministério de Gestão e Inovação, que resultou em 0% para recomposição salarial em 2024, os trabalhadores receiam que a contraproposta de reestruturação da carreira do IBGE, a ser apresentada no dia 28 de maio, seja rebaixada, assim como tem ocorrido em algumas categorias que estão negociando com o governo. Os reajustes nos benefícios praticamente não atingiram os aposentados, deixando uma parcela importante da categoria sem absolutamente nenhuma perspectiva”, diz a nota.

Ainda segundo o sindicato o orçamento do IBGE foi reduzido cerca de 28% nos últimos dez anos e que os cortes tem prejudicado o funcionamento e pagamento do aluguel das agências e contas de água, luz além de funcionários terceirizados.

“Os cortes orçamentários implicaram em adiamentos, suspensão e cancelamentos de uma série de pesquisas essenciais – caso do Censo Agropecuário e da Pesquisa de Orçamento Familiar (realizados com atraso), da Contagem Populacional de 2015 (cancelada) e de diversos outros levantamentos. O IBGE também depende atualmente de verbas externas, de outros órgãos de governo, para realização de levantamentos temáticos”, afirma o comunicado.

Leia também:

Goiás tem município com terceiro menor PIB do País, aponta IBGE
Em greve, técnicos das universidades e institutos federais param de emitir matrícula e colação de grau