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Segundo ele, se projeto fosse votado agora, seria aprovado; Álvaro afirma que tucano ficou 20 anos no governo e nunca quis aprovar essas emendas

Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

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Segundo Talles Barreto (PSDB), alguns parlamentares, sem citar nomes, utilizam a PEC do Orçamento Impositivo para barganhar cargos. O projeto tem ampla adesão do parlamento a princípio, mas vai contra desejos do Executivo. “O deputado Álvaro Guimarães (DEM) — que é o relator — poderia devolver o projeto para ser votado em primeira votação, na quarta-feira, 27, e, talvez, até a segunda nesta quinta, 28, mas segurou o projeto para que o Governo cumpra alguns acordos, aqui”, denunciou.

Para Talles, se o projeto fosse votado agora, o orçamento impositivo seria aprovado. “Os parlamentares precisam entender que a questão é acima disso [de cargos]. É independência da Casa, uma forma importante de ajudar as demandas que batem à nossa porta, nos nossos gabinetes e nas nossas visitas… É muito pouco para o tamanho do orçamento do Estado. Temos o menor índice de orçamento impositivo no País”, disse.

Segundo Álvaro, o regimento interno prevê o prazo de três sessões ordinárias da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) para devolver o processo. “Agora que tivemos duas [nesta quinta]. Então hoje eu não tinha obrigação de devolver”, explicou.

Para o parlamentar democrata, Talles tem o direito de propor como deputado de oposição, “mas ele esteve no governo por 20 anos e nunca quis aprovar essas emendas. Ele mesmo votou contra [nas gestões passadas]”. Álvaro pontua, ainda, que é importante equilibrar as ações do Executivo e do Legislativo. “Não adianta aprovar dez e só conseguir dar cinco”, disse.