A agência espacial americana (Nasa) anunciou nesta quinta-feira, 30, que o Telescópio Espacial James Webb detectou a galáxia mais distante e mais antiga já descoberta, que existiu 290 milhões de anos após o Big Bang. Com isso, o telescópio superou seu próprio recorde de alcance de observação.

Recorte da imagem destaca nova descoberta. | Foto: Nasa.

A galáxia apresenta particularidades com “implicações profundas” para compreender os primeiros anos do Universo, afirmam Stefano Carniani e Kevin Hainlin, dois pesquisadores envolvidos na descoberta. Em um comunicado, a Nasa afirmou que a chamada JADES-GS-z14-0 “não é o tipo de galáxia que modelos teóricos e simulações computacionais previram” naquela idade do universo.

“Estamos impressionados com a extraordinária diversidade de galáxias que existiam na aurora cósmica”, acrescentaram.

Bilhões de anos atrás

O Telescópio Espacial James Webb, localizado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, é usado por cientistas de todo o mundo para pesquisas avançadas. Desde seu lançamento em dezembro de 2021, o James Webb já observou galáxias muito distantes, mas o anúncio mais recente marca um novo recorde. Estima-se que a luz dessa nova galáxia tenha levado mais de 13,5 bilhões de anos para chegar até nós (o Big Bang ocorreu há 13,8 bilhões de anos).

Segundo a Nasa, esta galáxia “é excepcionalmente brilhante, considerando sua distância”, e sua massa é estimada em centenas de milhões de vezes maior que a do Sol. A descoberta supera o recorde anterior da galáxia mais antiga conhecida, JADES-GS-z13-0, que existiu 320 milhões de anos após o Big Bang.

“Como a natureza conseguiu criar uma galáxia tão grande, massiva e brilhante em menos de 300 milhões de anos?”, questionam os cientistas envolvidos.

Leia também:

Alinhamento raro de 6 planetas poderá ser visto a olho nu

Cientistas capturam imagem inédita de “Sol bebê”