Um tumulto generalizado entre ambulantes e um motorista marcou a manhã deste sábado, 25, na Região da Rua 44, em Goiânia. Um vídeo gravado na Av. Contorno mostra um grupo de ambulantes atacando indiscriminadamente uma caminhonete, levando à depredação do veículo. A Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44) reclama da falta de fiscalização dos cerca de 5 mil trabalhadores informais que atuam na região.

O vídeo gravado por um pedestre que passava pelo local mostra o momento que um homem de camisa preta tenta arrancar o retrovisor de uma caminhonete. Ao mesmo tempo, outros homens batem boca com o motorista.

A Polícia Militar do Estado de Goiás (MPGO) foi acionada para atender a ocorrência de vias de fato e está em posse das imagens identificação dos agressores.

Em nota, a Prefeitura de Goiânia lamentou as situações de violência e destacou que a Guarda Civil Metropolitana possui base operacional e presença ostensiva no local. “A Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) informa que realiza ações de fiscalização em toda a capital com o objetivo de coibir o comércio irregular (informal) de mercadorias e produtos e a ocupação do passeio público”, disse.

Repúdio

Em resposta ao episódio, a Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44), por meio de seu presidente Lauro Naves, emitiu uma nota de repúdio, denunciando o abandono da área. Segundo a AER44, a ausência de fiscalização e a negligência do poder público municipal têm contribuído para o aumento da concorrência desleal e prejuízos econômicos aos lojistas.

“A falta de cumprimento das leis municipais sobre a ocupação do solo tem levado a cenas como a registrada hoje, com ambulantes atacando motoristas e impedindo a circulação segura de pedestres e veículos”, afirmou Naves. “Os lojistas, que pagam impostos e mantêm seus estabelecimentos dentro da legalidade, enfrentam uma concorrência desleal e são frequentemente intimidados pelos camelôs invasores.”

Nota da prefeitura na íntegra

Situações de violência, em qualquer circunstância, são lamentáveis e devem ser tratadas pela segurança pública. A Guarda Civil Metropolitana possui base operacional e presença ostensiva no local.

A Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) informa que realiza ações de fiscalização em toda a capital com o objetivo de coibir o comércio irregular (informal) de mercadorias e produtos e a ocupação do passeio público.

No que diz respeito ao comércio da 44, cabe ressaltar que a gestão do prefeito Rogério tem atuação constante na região e em março deste ano assinou convênio de R$ 10 milhões garantindo investimento no comércio local.

Antes disso, diante do testemunho da AER44, concluiu obras deixadas por gestões anteriores, como a Praça do Trabalhador, o Viaduto da Moda e trecho da Avenida Leste-Oeste, ampliou vagas de Área Azul, alterou sentidos de vias e outras intervenções na mobilidade da região que contaram com elogios da AER44 e comerciantes, à época.

A Prefeitura de Goiânia mantém o firme compromisso de atuar com planejamento e responsabilidade para resolver problemas históricos na região tendo como base o interesse coletivo dos cidadãos e da cidade.

Veja o vídeo

Veja a nota na íntegra:

É com imensa indignação que a diretoria da Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44), na pessoa de seu presidente, Lauro Naves, manifesta seu repúdio à postura de total abandono por parte do atual prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, em relação a este importante polo confeccionista na capital, que há mais de um ano está sem qualquer fiscalização urbana.

A negligência da prefeitura de Goiânia, ao não cumprir seu papel constitucional de fazer valer as leis municipais que tratam sobre a segura e justa ocupação do solo nas calçadas, ruas, avenidas e demais logradouros públicos da cidade, geram cenas como as registrada na manhã deste sábado (25/05), em vídeo encaminhado com esta nota: ambulantes, numa atitude de demarcação de território, atacam indiscriminadamente um motorista que conduzia uma caminhonete pela Av. Contorno. A Polícia Militar já está de posse das imagens para realizar a identificação dos agressores.

As imagens, que registraram o veículo sendo depredado por um grupo de ambulantes, são um claro sintoma de como a Região da 44 virou uma terra sem lei, no que diz respeito à fiscalização urbana. Infelizmente, as calçadas e ruas do polo confeccionista em Goiânia já não pertencem mais aos pedestres e não servem para a circulação segura dos veículos, estão criminosamente sendo ocupadas por invasores que se intitulam de “trabalhadores”.

Esse cenário de total abandono, por parte do prefeito Rogério Cruz, tem levado lojistas, micro e pequenos empresários e milhares de turistas de compras a fugirem da Região da 44, porque não sentem a segurança necessária para a realização de seus negócios. Não bastasse a concorrência desleal para com os lojistas, que diferente dos ambulantes, são obrigados pagar impostos, aluguel, água e luz, para receber da melhor forma os turistas de compras, estes são frequentemente intimidados pelos camelôs invasores, que obstruem a entradas de lojas, shoppings e galerias.

Vemos, infelizmente, a região que mais gera empregos em Goiás, que movimenta cerca de 14 bilhões de reais e gera 170 mil empregos diretos, sendo deteriorada aos poucos pela total e completa incompetência e negligências do poder público municipal.

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