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“As pessoas que me condenaram… Duvido que elas possam olhar para os netos como eu olhava para você”, declarou ex-presidente

Francisco Costa

“As pessoas que me condenaram… Duvido que elas possam olhar para os netos como eu olhava para você”, disse o ex-presidente Lula, ao olhar o corpo de Arthur, segundo relatos (o ambiente era fechado e gravações não foram permitidas), enquanto se despedia do neto.

O presidente foi liberado na sexta-feira, 1, para ir ao enterro do pequeno Arthur, de 7 anos, que morreu de meningite no mesmo dia. Lula teria lembrado que o garoto sofria bullying na escola por conta do parentesco e prometido provar sua inocência em memória do pequeno. “Eu vou provar minha inocência e vou levar para o céu o meu diploma de inocente. Vou provar quem é ladrão e quem não é”, teria dito.

Chegada

Luiz Inácio Lula da Silva, 73 anos, preso desde 7 de abril de 2018, chegou ao cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, por volta das 11h. Ele foi escoltado pela Polícia Federal e polícias militares, que ocupavam o local.

Na chegada, o ex-presidente acenou para os apoiadores e entrou no prédio em lágrimas, conforme presentes. Ele teria abraçado familiares pelo caminho até o corpo do neto. Estava presentes, também, os ex-presidenciáveis Fernando Haddad e Guilherme Boulos, a ex-presidente Dilma Rousseff, além de outras lideranças políticas. Lula permaneceu cerca de 50 minutos no local, a maior parte do tempo do lado do caixão, fazendo carinho no menino.

O corpo, após o velório, foi para a sala de cremação. Dois pastores e um padre participaram de breve solenidade religiosa. Lula também falou. “Vai encontrar a Marisa e espera pelo vovô”, disse depois de agradecer a solidariedade dos presentes e lamentar ver Arthur partir antes dele próprio. (Com informações de O Globo)