Venda de petróleo dispara e saldo comercial brasileiro bate recorde em 2024

07 junho 2024 às 11h30

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A balança comercial brasileira teve superávit recorde de janeiro a maio, atingindo US$ 35,9 bilhões, 3,9% acima do saldo do mesmo período de 2023. O forte desempenho do setor extrativo, puxado por petróleo, foi o principal fator que elevou a arrecadação.
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As vendas externas dos óleos brutos de petróleo alcançaram US$ 20,7 bilhões nos cinco primeiros meses de 2024, o equivalente a 14,9% dos embarques do país ao exterior. De janeiro a maio do ano passado, a fatia da commodity no total exportado foi de 11,6%. No acumulado de 2024, os embarques de petróleo cresceram 31,2% em valor, com aumento de 32,5% do volume e queda de 1% nos preços.
Com o salto das vendas do produto, a indústria extrativa alcançou fatia de 25,8% da exportação brasileira de janeiro a maio. No mesmo período de 2023, a parcela do setor foi de 21,5%. As vendas de minério de ferro ao exterior, outro produto da indústria extrativa, também ganharam terreno no acumulado de 2024.
Elas subiram 13,8% na comparação com o mesmo período de 2023, para US$ 12,9 bilhões, passando a responder por 9,3% das exportações, acima dos 8,3% de janeiro a maio do ano passado. As vendas de soja, por sua vez, caíram 17,9%, para US$ 21,8 bilhões.
Mesmo com o recuo, a commodity continuou a ser o produto mais vendido ao exterior, embora tenha havido perda de participação na pauta exportadora. O grão respondeu por 15,7% dos embarques no acumulado até maio, abaixo dos 19,6% de igual período de 2023.
Ao analisar as exportações por destino, chama atenção o recuo das vendas para Argentina, de 33,1% em relação a janeiro a maio de 2023, para US$ 5 bilhões. Elas representaram 3,61% do embarque total brasileiro de janeiro a maio, a menor fatia para o período da série histórica, iniciada em 1997, inferior aos 3,7% registrados em 2020.