5 maiores cobras da região amazônica. Uma tem 8 metros. Confira as fotos

15 julho 2024 às 19h09

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De acordo com Lemmos Ribeiro, do Portal Amazônia, as pesquisas científicas constaram a existência de 189 cobras na Amazônia brasileira. O dado foi registrado, de maneira oficial, pelo Instituto Chico Mendes de Conversação da Biodiversidade (ICMBio). Há a possibilidade de existirem outras, mas, até 2017, é a informação tecnicamente oficial e confiável.
A família Boidae, de acordo com a bióloga Luciana Frazão, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), inclui as maiores cobras da região amazônica. Jiboias e sucuris (as anacondas, como são conhecidas) estão entre as gigantes da região.
Luciana Frazão afirma que as sucuris podem chegar até oito metros. Em Goiás, no Centro-Oeste do país, já foram encontradas sucuris com seis metros (as fêmeas são maiores do que os machos). As sucuris e as jiboias não são venenosas.
As sucuris são encontradas nas proximidades de rios, ribeirões e córregos. Elas têm uma ligação visceral com águas.
Confira a lista das maiores cobras da Amazônia (e, a rigor, do país).
1
Sucuri

Maior espécie da Amazônia e de todo o Brasil, há registro de sucuris (Eunectes murinus) com 8 metros de cumprimento. Mas em geral têm de três a quatro metros. Em Goiás e Mato Grosso há registros de sucuris (fêmeas) com seis metros.
“As sucuris estão mais relacionadas à ambientes aquáticos. São bichos aquáticos, tanto é que elas estão adaptadas a isso. As narinas e os olhos são mais voltados para cima, para que o bicho possa ficar totalmente submerso, só com os olhos e narinas para fora da água para quando ele estiver buscando presas”, diz Luciana Frazão.
2 e 3
Jiboia

A jiboia (Boa constritor), quando adulta, pode chegar até quatro metros de comprimento. Porém, a jiboia-arco-íris ou salamanta é menor, em geral com dois metros (as maiores).

“As jiboias costumam ser mais terrestres, como a jiboia comum e a salamanta. Elas costumam se deslocar em cima de folhas que ficam caídas no chão da mata, mas também andam por arbustos e árvores, principalmente para descansar”, relata Luciana Frazão.
A jiboia não é venenosa. Mas, como a sucuri, assusta pelo tamanho.
4
Papa-pinto

A papa-pinto (Spilotes sulphureus), segundo Luciana Frazão, podem chegar até 2,7 metros de comprimento. Ou seja, é uma cobra grande. A papa-pinto é da família Colubridae (cobras-cipós).
“A papa-pinto também costuma se deslocar no chão da floresta, mas, de noite, ela costuma dormir na vegetação. Ela fica em cima, enroladinha na vegetação, ou no oco de árvores”, esclarece. Não é peçonhenta, quer dizer, não é venenosa.
5
Surucucu

Entre as peçonhentas, a Surucucu (Lachesis muta) — também chamada de pico-de-jaca — é a maior cobra peçonhenta da América Latina. Ela pode alcançar 3,5 metros de comprimento. É da família das Viperidae (que inclui jararacas, cascavéis e surucucus)
“As surucucus, apesar de ocorrerem em toda a Amazônia, têm uma distribuição que chamamos de mais pontual. Ocorrem em toda a Amazônia, mas estão muito associadas em florestas primárias e mais reservadas. Então, esse bicho não é tão comum de se ver”, informa Luciana Frazão. É tão perigosa quanto a cascavel.